11 de maio de 2011

Pelo futuro das memórias de cozinha

Depois do último post, fiquei ainda mais pensativa e pesquisando o assunto... E não é que, mais do que nunca to preocupada com o que vai ser das memórias de cozinha do futuro.

Num mundo onde cada vez menos temos tempo e hábito de cozinhar para as crianças (e porque não com elas de vez em quando?), de passear com elas na feira experimentando frutas, de fazer a festinha delas – enrolar os brigadeiros, montar as lembrancinhas, encher as bexigas. É mais rápido e prático comprar tudo pronto, encaixotado, enlatado, congelado. Repito a pergunta, reformulada, o que vai ser das memórias de infância das nossas crianças? Qual o legado que está sendo deixado?

Longe de mim querer voltar ao tempo em que as mães tinham que fazer tudo sozinhas todos os dias – mesmo porque os papais devem entrar na dança também! A questão é que é importante, tanto pra saúde quanto pra vivência da criança, que haja um equilíbrio.

Ninguém mais tem tempo ou pique pra fazer banquetes a semana inteira, mas dá pra se organizar e comer aquela comidinha caseira ao invés de optar pelos empanados de frango. É possível deixar o filho ali no cantinho da mesa brincando enrolar bolinhos de carne, de achatar bolinhas de massa pra fazer biscoito, ou simplesmente deixá-lo lá sentadinho, só envolvendo-o com o cheirinho de bife grelhando ou bolo assando enquanto vocês vão conversando sobre o que ele aprendeu na escola.

Também não é preciso se matar pra organizar a festinha inteira sem ajuda, sem comprar nada, e não aproveitar o momento de tanto cansaço! Mas, uma vez na vida, faz parte da diversão sujar as mãos da criança com manteiga pra enrolar docinhos, sentar no chão com ela e montar lembrancinhas ou encher as bexigas.

Sou capaz de apostar que você tem lembranças desse gênero de quando era pequeno, e que nesse exato momento está tomado por uma série delas e pensando em como era gostoso e foi importante na sua formação como pessoa. Pois é, isso sem falar na importância que teve na sua saúde. Será que é isso que temos feito?

2 comentários:

Dryka disse...

Lembro da minha avó fazendo crustole, uma massinha parecida com pastel, frita e passada no açúcar, que minha avó queria que ficasse muito fininha prá fazer as gravatinhas... ajudava ela no cilindro de massa... e haja braço... kkkkkkkkkkkkkkkkkk...
Se hj alguém da família ainda faz os crustole??? Imagina, é muito trabalho... :/

Larisse disse...

Nooooooooooossa... eu fazia com a minha mãe, mas abríamos no rolo mesmo! rs... A receita hoje fica para ocasiões especiais... Vamos tirar do baú? ;)